Enodicas: Transportando Vinhos em Viagens

Quarta-feira, 21 de novembro de 2012

É consenso entre os enófilos que viajar significa trazer garrafas para abastecer a adega. Diria até que se trata de uma necessidade diante dos preços inflacionados praticados no Brasil, em que os vinhos costumam custar, em média, três vezes mais que em seu país de origem (ou até mesmo em outros países diversos do de origem, em especial Estados Unidos e Inglaterra).

Até alguns anos atrás costumava colocar garrafas dentro das malas, enroladas em plástico bolha, e no meio das roupas. Obviamente, além do desespero da minha mulher, acabava por trazer poucas garrafas, sempre vivendo a expectativa de se as garrafas "sobreviveriam" à viagem. Em geral, quando as malas são abertas para vistoria, algo bem comum nos Estados Unidos quando se transporta um quantidade maior de líquido na mala, não há preocupação de quem vistoria em colocar a garrafa na exata posição em que estava.

Faz alguns anos surgiram no mercado brasileiro as primeiras malas especiais para transporte de vinhos, e novos modelos e marcas surgiram e vêm surgindo desde então (tem até mala para transporte de garrafas magnum). São práticas, elegantes e protegem as garrafas, porém há algumas desvantagens nesse ”investimento”.


Uma das desvantagens dessas malas é o preço. Houve uma certa inflação nos preços, a do modelo que ganhei de presente da marca Winefit, por exemplo, praticamente dobrou de preço de um ano para outro. Há no mercado alguns outros modelos na mesma faixa de preço, como as malas da Tecnomalas.


Outra desvantagem está nas rodinhas, que não contam com um sistema de proteção eficiente contra as quedas que a mala pode sofrer durante o transporte (leia-se, proteção contra o irritante hábito internacional dos funcionários de aeroportos de atirar as malas).

Por fim, uma outra desvantagem reside no peso das malas. Com o irritante hábito de algumas vinícolas do Novo Mundo de engarrafar seus vinhos de alta gama (e às vezes até os de média) em garrafas mais pesadas e compridas, o peso de uma mala com doze garrafas pode ultrapassar os 23kg por volume em uma viagem na América do Sul.


Nos Estados Unidos vendem-se alguns modelos de mala de vinhos, com destaque para os da Wine Cruzer.


Uma outra alternativa às malas especiais para transporte, são as caixas de papelão revestidas internamente com isopor com espaços específicos para cada garrafa. Há modelos de 6 e de 12 garrafas. São fáceis de achar tanto na Argentina e no Chile, quanto  nos Estados Unidos e na Europa.


Em algumas lojas, comprando seis ou doze garrafas, a caixa não é cobrada, como ocorre na Grand Cru e na Wine Gallery, ambas de Buenos Aires (pelo menos, ocorreu comigo em algumas oportunidades).


Nos Estados Unidos as caixas são facilmente encontradas em vinícolas ou em filiais da UPS e similares, custando algo em torno de US$ 8.00.

Na Europa, as caixas podem ser encontradas em filiais da UPS e similares também, com preço em torno de dez euros.


A vantagem das caixas reside não apenas no preço, mas também em serem mais leves que as malas especiais. A desvantagem está na dificuldade de carregá-las e em aeroportos, dependendo sempre de um carrinho. Outra desvantagem está em levantar as caixas, que não contam com alças.



No entanto, recentemente me deparei com uma alternativa bem mais viável, que afasta as desvantagens do uso das caixas de papelão: The Wine Check. Trata-se de uma estrutura com rodinhas protegidas e alças, nas quais se insere uma caixa de papelão revestida internamente com isopor e divisórias para 12 garrafas, como as vendidas na UPS e similares. Funciona como uma mala, com a vantagem de ser bem mais leve e custar muito menos (US$ 62.00). 


Escolha a sua opção e traga seus vinhos!


Cheers!

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